MULHERES ALPHA - O PODER DO SEXO FRÁGIL - LOUISE LEERS


MULHERES ALPHA 
O PODER DO SEXO FRÁGIL

LOUISE LEERS - ACROBATA - 1909 - 1997

Fisicamente poderosa, a alemã Louise nascida em 4 de outubro na cidade de Wiesbaden, ficou famosa por uma apresentação acrobática elegante e incomum, realizada no final dos anos 20, que ficou conhecida como “Les Leandros”. Les Leandros era uma série enorme de giros para trás, (não sei como chamam os movimentos, na minha cabeça chamo de "mortais") mas ela fez nessa apresentação 139 mortais (giros pra traz). E, como toda ogra que se preza, saiu falando que no treino tinha feito melhor, que tinha conseguido realizar 180 movimentos!




Sua força e coragem era coisa muito incomum para uma mulher naquela época. Nos meados dos anos 30, não se via muitos homens com um físico como o dela, mulheres então era coisa muito rara mesmo. Louise, apesar de pioneira, não escapou da maldição que acomete curiosamente as vida dos que praticam competitivamente os esportes de força: Louise também tinha dentro dela uma razão especial que a levava a querer ser forte e trabalhar para buscar na força, aquilo que precisava para enfrentar a vida, e dar o tapa na cara no destino que ela não escolheu: Ela nunca conheceu seu pai biológico, ele foi dar um “role” quando ela tinha 2 anos e nunca mais voltou.
Luzita como ficou carinhosamente conhecida, era uma mulher que sabia que era forte, e queria que todos vissem sua força.


Sua mãe se casou novamente com Guido Krökel, um acrobata especialista nos rapezios que trabalhou com a Trupe Leers-Arvello ; cujos shows de apresentações no circo, combinavam acrobacias aéreas em uma espécie de trapézio em argola, acrobacias em grupo como formação de pirâmides, tudo sempre no ar, afinal o carro chefe do grupo eram exibições de força nos ares!

Apesar de Guido ter cuidado da educação artística de Luisita sem muito carinho, ele fez dela uma atleta extraordinariamente forte capaz de realizar no mesmo dia várias exibições de força, acompanhando o ritmo masculino dos outros da equipe, sem dificuldade.


ESTRÉIA

Luisita fez sua estreia profissional aos 11 anos, em 8 de março de 1920 em Colônia (Köln), trabalhando com a trupe circense que se apresentava em um bambolê pendurado no teto do circo.
A evolução da força de Louise foi rápida e logo ela foi capaz de realizar com apenas 1 braço, 2 das acrobacias que demandavam mais força, e que portanto eram exclusivamente executadas em apresentações masculinas.

Seu padastro não aprovava sua atitude e via como uma ousadia, uma falta de respeito, sua vontade de superar os limites de força e capacidade impostos as mulheres desde que o mundo começou. Quando ela resolveu durante uma apresentação da trupe realizar as acrobacias masculinas que havia conquistado nos treinos, Guido ficou puto e a puniu com uma suspensão, imaginando que assim ela obedeceria e mudaria de idéia.

Porém, Guido não sabia que Louise estava criando uma coreografia solo para exibir toda a sua força incomum. Ele não percebeu que algumas mulheres não baixam a cabeça. E seus dias de tirania estavam por acabar.

A apresentação surpresa aconteceu em 1926, quando ela estava ainda com 15 anos de idade, e daí pra frente, Louise começou a sua carreira solo.


CARREIRA SOLO

Sua notável e incomum força e habilidade no trapézio rapidamente atraiu as manchetes das publicações mais populares da época e a levou aos mais prestigiados circos e teatros de variedades do mundo, desde o Wintergarten e Scala em Berlim até o Roxy em Nova York, com quatro anos de permanência como a estrela principal das acrobacias no circo Ringling Bros. e Barnum & Bailey, que era famoso por ter a melhor equipe acrobática aérea de todos os tempos.


CONQUISTANDO OS GRINGOS


Em março de 1935 Louise conquistou em Paris, o público americano:


Foi lá que ela se apresentou pela primeira vez em um circo famoso, foi nessa platéia que estava o correspondente de Paris do jornal americano Variety, que era o principal jornal de comércio americano da época. Encantado com a apresentação, o jornalista publicou uma matéria sobre o show na qual ele a descrevia assim:

"Luisita Leers pára o show em Medrano nesta quinzena; [ela] não é apenas uma artista notável, de um ponto de vista puramente acrobático, mas tem um daqueles sorrisos que os derruba e um corpo que permanece bonito, apesar de seus músculos extraordinários, ela trabalha alto sem uma rede, o controle muscular é tão perfeito que parece fácil. Louise já começa o show surpreendendo a todos realizando repetidas acrobacias nas quais ela fica pendurada pela nuca. Ali o público percebe que está por presenciar algo que nunca viram antes"

( Variety , 20 de março de 1935).

Luisita continuou trabalhando nos EUA até 1936.

 APOSENTADORIA

Ela apareceu em outros espetáculos de vaudeville* (uma noite, onde eram apresentados shows de diferentes tipos, sem nenhuma relação direta entre eles. Tinha de tudo: músicos (tanto clássicos quanto populares), dançarina(s) - ou dançarino(s)-, comediantes, animais treinados, mágicos, imitadores de ambos os sexos, acrobataspeças em um único ato ou cenas de peças, atletaspalestras dadas por celebridades, cantores de rua e filmetes, etc

Depois disso, Louise retornou permanentemente para a Alemanha, pois os nazistas haviam recentemente tomado o poder, abrindo caminho para a Segunda Guerra Mundial. Quando a guerra estourou, ela se viu presa em seu próprio país. Ela acabou sendo incapaz de trabalhar (ou treinar), e para piorar a situação, a casa da família foi destruída durante o bombardeio dos Aliados, junto com seus adereços e fantasias.

Quando a guerra terminou, Luisita tinha 36 anos, estava fora de forma e sem equipamento ou dinheiro, ela não conseguiu retomar sua carreira. Foi morar em Braunschweig, na Baixa Saxônia, e lá foi onde conheceu seu marido, Gerhard Glage (com quem se casou em 30 de agosto de 1952). Lá ela encontrou emprego como tradutora e acabou criando sua própria agência de tradução. Porém, a arte não saiu dela, foi transferida para as atividades plásticas: ela também se interessou por escultura, e mostrou um talento que evidencia ainda mais sua natureza artística.

Ela faleceu em 1997, aos oitenta e oito anos.


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